terça-feira, 27 de dezembro de 2011

É preciso amar as pessoas Como se não houvesse amanhã

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Estátuas e cofres e paredes pintadas
Ninguém sabe o que aconteceu.
Ela se jogou da janela do quinto andar
Nada é fácil de entender.

Dorme agora,
é só o vento lá fora.

Quero colo! Vou fugir de casa!
Posso dormir aqui com vocês?
Estou com medo, tive um pesadelo
Só vou voltar depois das três.

Meu filho vai ter nome de santo
Quero o nome mais bonito.

É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar
Na verdade não há.

Me diz, por que que o céu é azul?
Explica a grande fúria do mundo
São meus filhos
Que tomam conta de mim.

Eu moro com a minha mãe
Mas meu pai vem me visitar
Eu moro na rua, não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar.

Já morei em tanta casa
Que nem me lembro mais
Eu moro com os meus pais.

É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar
Na verdade não há.

Sou uma gota d'água,
sou um grão de areia
Você me diz que seus pais não te entendem,
Mas você não entende seus pais.

Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser,
Quando você crescer?

Pais e Filhos
Legião Urbana

É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. ...


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Por que a cada 4 anos fevereiro tem 29 dias?


Você já deve ter notado que, de quatro em quatro anos, o mês de fevereiro ganha um dia a mais -passa de 28 para 29 dias-, e é claro que há uma boa razão para isso. O sistema que usamos para contar o tempo é o calendário gregoriano, que surgiu com base em outros calendários inspirados no movimento de rotação da Terra. Uma volta do planeta em torno do seu eixo equivale a um dia, e uma volta da Terra em torno do Sol equivale a um ano.

Para girar em torno de si mesmo, nosso planeta demora 24 horas. Já para dar uma volta completa em torno do Sol, a Terra demora aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Por isso nosso ano tem 365 dias, divididos em 12 meses. Mas a adoção deste sistema de contagem de tempo trouxe um problema: o que fazer com as aproximadamente 6 horas que sobravam?

Foram os egípcios de Alexandria que, há mais de 2.200 anos, tiveram a idéia de, a cada quatro anos, adicionar um dia a mais ao calendário, para compensar as seis horas restantes (um arredondamento das 5h48m46s).

Faça as contas:
6 horas do 1º ano + 6 horas do 2º
+ 6 horas do 3º + 6 horas do 4º ano = 24 horas


Dá um dia certinho, que a cada quatro anos aparece na folhinha como o dia 29 do mês de fevereiro.

Por que o nome bissexto?

O imperador romano Júlio César trouxe a idéia do ano bissexto para o ocidente. Ele até importou um astrônomo para elaborar o novo calendário: o grego Sosígenes. Sosígenes só não sabia em que parte do ano colocar o dia que estava sobrando. Júlio César ordenou que ele fosse "o dia sexto antes das calendas de março". Em latim, isso seria dito assim: "bis sextum ante diem calendas martii".

Há outras formas de contar o tempo

Existem outras maneiras de contar o tempo. Os chineses, por exemplo, baseiam seu calendário nos movimentos da Lua e dividem o tempo em ciclos de 60 anos. Mas o calendário gregoriano é o que foi escolhido para ser universal, reconhecido por todos os países.

Da Redação
Em São Paulo

SOBRE O ANO BISSEXTO

Ano bissexto: história de mitos, ciência e vaidades

Ao longo do tempo, a partir da observação do nascer e do ocaso do Sol e da cíclica mudança de fases da Lua, os homens passaram a perceber que poderiam utilizar esses astros como forma de medir o tempo de modo a prever, de maneira segura, as mudanças climáticas e suas repercussões no desenvolvimento de suas atividades, principalmente a agricultura. Isto fez surgir o que conhecemos hoje como calendário.
Diferentes povos na história da humanidade criaram seus próprios calendários, tendo como principal base o Sol e a Lua. Sendo assim, os babilônicos, os egípcios, os gregos, tinham sua própria forma de contar o tempo. Como nosso interesse neste artigo é o de discutir o surgimento do ano bissexto (2004 é bissexto), iniciaremos falando sobre o primeiro calendário Romano.
O Calendário Romano primitivo possuía 10 meses de 30 ou 31 dias, totalizando 304 dias, o que determinava uma falta de sincronia na relação estações x calendário civil, ocasionando, por exemplo, a época correta para o plantio e colheita. Mais tarde, sob o governo de Numa Pompilo, foi introduzido o ano lunar, com 355 dias distribuídos em 12 meses, sendo acrescentados os meses de januarius, deus de duas caras e februarius, deus dos infernos e das purificações, com o ano romano começando em março. Quando resolveram sincronizar o ano com as estações, instituíram que, entre os dias 24 e 25 haveria, a cada 2 anos, a intercalação de um décimo terceiro mês, chamado Marcedônius. Contudo, a sistemática de intercalação foi delegada aos sacerdotes que, nem sempre o faziam da forma correta, gerando uma grande defasagem de dias.
Para sincronizar o calendário com as estações e evitar que novas falhas viessem a ocorrer, o astrônomo alexandrino Sosígenes, no ano 45 a.C. assessorou o Imperador Júlio César, introduzindo 90 dias ao ano de 45 a.C., que passou a ter 455 dias. Desta forma, Júlio César acertou o calendário e impôs que janeiro, e não março, fosse o início do ano. Para eliminar a intercalação do décimo terceiro mês, Júlio César redistribuiu pelos 12 meses os 11 dias que faltavam ao ano lunar, para que ele se transformasse em solar, criando o Calendário Juliano.
Como o ano Juliano passava a ter 365,25 dias e o ano solar tem aproximadamente 365,2422 dias, seria adicionado a cada 4 anos um dia a mais no mês de fevereiro, que passou a ter 30 dias, em lugar de 29. Por ter corrigido o calendário, o senado homenageia o imperador, determinando que o mês “Quintilis” (o quinto mês), fosse chamado de Julius.
No entanto, as intercalações não foram rigorosamente feitas até por volta de 8 d.C, sendo no governo do imperador Otávio Augusto que elas passaram a ser feitas. Por este motivo, recebeu reconhecimento do senado, que rebatizou o mês Sixtilis (sexto mês) para Augustus, em sua homenagem. Porém, o imperador não aceitou que o mês de Julho tivesse 31 dias e o seu (Agosto) apenas 30. Sendo assim, o mês de fevereiro cedeu 1 dia a Sixtilis, ficando esse com 31 dias e fevereiro com 28 (ou 29 dias nos anos bissextos). Entretanto, essa redistribuição de dias fez os meses de julho, agosto e setembro ficarem com 31 dias. Para melhorar a redistribuição dos meses de 31 dias, subtraíram 1 dia de setembro e de novembro, passando-os para outubro e dezembro, resultando na atual distribuição de dias pelos meses.
Algumas pessoas acreditam que estes anos são chamados de bissextos por terem duas vezes o número 6 na contagem dos dias (366), algo que não é verdade.
A origem mais provável é explicada da seguinte forma: o dia representativo do início de cada mês no calendário romano era chamado “calendas”. Era costume inserir-se o dia intercalado após o dia 24 de fevereiro, ou seja, 6 dias antes do início das “calendas” de Março. Assim, esse dia era contado 2 vezes. Era o sexto dia antes das calendas de Março, do Latim “bis sextum ante diem calendas martii”. Aí está o tal “bis sextum”, que virou bissexto.
No Calendário Juliano, o ano tropical totaliza 365,25 dias. Contudo, o ano tropical é de 365,2422 dias, ocasionando um erro de aproximadamente 1 dia a cada 128 anos. Esse erro acumulado fez o Papa Gregório XIII reformar o calendário. A Bula Papal de fevereiro de 1582 decretou que 10 dias deveriam ser suprimidos de outubro de 1582, fazendo com que 15 de outubro viesse imediatamente após 4 de outubro.
Em seu decreto, estabeleceu que cada ano divisível por 4 seria bissexto, exceto os anos divisíveis por 100. Estes, apenas o seriam, caso também fossem divisíveis por 400. Assim, O Papa Gregório XIII modifica o calendário Juliano, criando o ano não bissexto nos finais dos séculos não múltiplos de 400 e o Calendário Gregoriano usado até hoje.
Os anos bissextos não são vistos com bons olhos por alguns povos, que acreditam serem anos de mau agouro, trazendo guerras, calamidades, inundações e causando sofrimentos a todos. Mitos e tradições também envolvem estes anos: as pessoas que nascem no dia 29 de fevereiro em geral são registradas na data anterior ou posterior ao nascimento, para não haver problemas quanto à emissão de documentos. Outra tradição divertida surgiu na Escócia, por volta do ano de 1288 e permaneceu até o início de século XX, determinando que quando o ano fosse bissexto, as mulheres teriam o direito de escolher, dentre os solteiros, aquele que queriam para marido. Caso o escolhido não aceitasse o casamento, teria que pagar uma multa, de acordo com suas posses.
Entretanto, análises históricas demonstram que os anos bissextos não justificam tal estigma. Assim, é mais prudente acreditar que cabe aos homens determinar os rumos de 2004.